Em caso de não aprovação das contas, auditoria investigativa pode ser a solução
Lidar com o dinheiro dos outros não é tarefa fácil e a palavra de ordem para uma gestão tranquila é a transparência.
Ocorre que muitos moradores alegam não entender nada sobre as contas e não se sentem seguros para aprová-las ou reprová-las para o ano inteiro. Cabe ao conselho fiscal analisar e fiscalizar as contas, recomendando aos demais vizinhos uma posição a tomar.
Nas assembleias para aprovação das contas, é comum dar briga e confusão. Em questão de segundos, moradores começam a bater boca e logo alguém acusa o síndico de ser um ladrão. Até que alguém propõe uma ideia milagrosa: "Vamos fazer uma auditoria nas contas para verificar se está tudo em ordem". Neste momento, os moradores se acalmam e aprovam contratar uma auditoria.
É o que chamamos de auditoria investigativa. Demora, custa caro e nem sempre atende aos objetivos. Por vezes, apura fraudes graves e até mesmo desvio de dinheiro.
O ideal para os condomínios é a ter uma auditoria preventiva. Nesse modelo, o auditor, mês a mês, recebe as pastas de prestação de contas para auditar e identificar eventuais falhas. Há tempo hábil para correções, conferindo credibilidade e aval técnico para uma aprovação tranquila por parte dos moradores. Brigas e atritos são evitados, pois o auditor é quem recomenda a aprovação das contas e emite um parecer técnico, certificando a retidão dos números.
A auditoria preventiva previne litígios e custa barato. Ao elaborar a previsão
orçamentária anual, o serviço deve figurar como uma despesa ordinária, e a
contratação deve ficar a cargo do corpo diretivo.
Fonte: Márcio Rachkorsky / Folha de S.Paulo